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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Oposição afirma que denunciará Cristina Kirchner por morte de promotor
Bol Notícias
Buenos Aires, 5 fev (EFE).- Legisladores argentinos da opositora Coalizão Cívica ARI anunciaram nesta quinta-feira que apresentarão amanhã perante a Justiça uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner por suposto acobertamento no caso da morte do promotor Alberto Nisman.
A denúncia, que será apresentada nesta sexta-feira pelos deputados Elisa Carrió e Fernando Sánchez, envolve também o secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández, o chefe do exército, César Milani, e a procuradora geral, Alejandra Gils Carbó, disse em comunicado a Coalizão Cívica ARI.
A denúncia será por suposto acobertamento da morte de Nisman, inteligência ilegal, intromissões graves no desempenho do Poder Judiciário, omissão de denúncia e formação de quadrilha para a comissão destes delitos, segundo o comunicado.
"O Poder Executivo alterou de fato a ordem constitucional, mediante a implantação de pistas falsas na investigação", assegura o documento que será apresentado amanhã.
Alberto Nisman, promotor especial para a investigação do atentado contra a associação mutual israelita Amia que deixou 85 mortos em 1994, foi encontrado morto com um tiro na cabeça em sua casa no último dia 18 de janeiro, quatro dias após denunciar a presidente argentina por acobertamento dos suspeitos iranianos do crime.
As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas apesar da investigação, infestada de confusões e contradições, apontar que morreu por um disparo realizado a não mais de um centímetro com a arma achada junto a seu corpo.
O único acusado até agora é Diego Lagomarsino, o técnico em informática que trabalhava com Nisman e que lhe entregou a arma que acabou com sua vida.
Na denúncia que os opositores apresentarão nesta sexta-feira, se dá como certo que se tratou de um assassinato e não de um suicídio e se afirma que "deve investigar-se a participação de um ramo da Polícia Federal no crime do promotor Nisman".
Também pedem que se averigue "a possível produção de pistas falsas por parte dos investigadores e a existência de uma área liberada propicia para o homicídio do promotor".
"Pesa sobre a procuradora-geral a responsabilidade de não ter preservado a vida de um de seus homens, um promotor da Nação ameaçado, tanto como a constante perseguição de promotores independentes e uma inadmissível pressão sobre a promotora a cargo da investigação da morte de Nisman, Viviana Fein", sustenta a denúncia, segundo antecipou a oposição em seu comunicado.
Oposição afirma que denunciará Cristina Kirchner por morte de promotor
A denúncia, que será apresentada nesta sexta-feira pelos deputados Elisa Carrió e Fernando Sánchez, envolve também o secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández, o chefe do exército, César Milani, e a procuradora geral, Alejandra Gils Carbó, disse em comunicado a Coalizão Cívica ARI.
A denúncia será por suposto acobertamento da morte de Nisman, inteligência ilegal, intromissões graves no desempenho do Poder Judiciário, omissão de denúncia e formação de quadrilha para a comissão destes delitos, segundo o comunicado.
"O Poder Executivo alterou de fato a ordem constitucional, mediante a implantação de pistas falsas na investigação", assegura o documento que será apresentado amanhã.
Alberto Nisman, promotor especial para a investigação do atentado contra a associação mutual israelita Amia que deixou 85 mortos em 1994, foi encontrado morto com um tiro na cabeça em sua casa no último dia 18 de janeiro, quatro dias após denunciar a presidente argentina por acobertamento dos suspeitos iranianos do crime.
As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas apesar da investigação, infestada de confusões e contradições, apontar que morreu por um disparo realizado a não mais de um centímetro com a arma achada junto a seu corpo.
O único acusado até agora é Diego Lagomarsino, o técnico em informática que trabalhava com Nisman e que lhe entregou a arma que acabou com sua vida.
Na denúncia que os opositores apresentarão nesta sexta-feira, se dá como certo que se tratou de um assassinato e não de um suicídio e se afirma que "deve investigar-se a participação de um ramo da Polícia Federal no crime do promotor Nisman".
Também pedem que se averigue "a possível produção de pistas falsas por parte dos investigadores e a existência de uma área liberada propicia para o homicídio do promotor".
"Pesa sobre a procuradora-geral a responsabilidade de não ter preservado a vida de um de seus homens, um promotor da Nação ameaçado, tanto como a constante perseguição de promotores independentes e uma inadmissível pressão sobre a promotora a cargo da investigação da morte de Nisman, Viviana Fein", sustenta a denúncia, segundo antecipou a oposição em seu comunicado.
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Importante ex-espião é intimado por morte de promotor na Argentina
Bol Notícias
Importante ex-espião é intimado por morte de promotor na Argentina
A intimação foi feita em função das indicações de que Stiuso falou por telefone com Nisman por 12 minutos na noite de sábado, véspera do dia 18 de janeiro, quando o promotor foi achado morto com um bala na cabeça.
Quatro dias antes de aparecer morto, Nisman acusou a presidente Cristina Kichner, seu chanceler Héctor Timerman e assessores do governo do suposto acobertamento de ex-dirigentes iranianos no caso do atentado antissemita que em 1994 matou 85 pessoas.
Stiuso, cuja verdadeira idade, nome e assinatura são desconhecidos, ganhou fama de "intocável" graças a supostos documentos secretos com os quais conseguiu chantagear políticos e autoridades da Justiça do país.
Ele fez parte dos serviços secretos argentinos de 1972 a dezembro do ano passado, quando foi afastado por Kirchner.
Sua estreita relação com Nisman foi confirmada pela próprio promotor, advogados ligados ao caso do atentado contra o centro judaico AMIA e jornalistas investigativos que cobriram o ataque ocorrido quando Stiuso era chefe operativo da secretaria de Inteligência (SIDE).
No lugar de Stiuso, seu advogado Santiago Blanco Bermúdez foi quem compareceu ao gabinete da promotora Viviana Fein, que conduz o caso da morte de Nisman.
O advogado sustentou que seu cliente está "disposto a depor", mas sem revelar o seu rosto e com uma autorização prévia para revelar os segredos que, como um ex-membro dos serviços de inteligência, é obrigado a guardar. Ele disse desconhecer se seu cliente está na Argentina.
Pouco depois de saber das condições impostas por Stiuso, o novo chefe da secretaria de Inteligência, Oscar Parrilli, anunciou que por ordem da presidente Kirchner autoriza Stiuso a revelar os segredos guardados desde antes da ditadura (1976-1983).
"A presidente quer que revele tudo", disse Parrilli no Congresso, onde um projeto de lei é discutido para dissolver essa secretaria, alvo histórico de críticas do governo e da oposição que aumentaram após a morte de Nisman.
Kirchner sob fogo cruzado A deputada pela Coalizão Cívica (oposição social-democrata), Elisa Carrió, anunciou que denunciará criminalmente, nesta sexta-feira, a presidente e outros altos funcionários de seu governo pelo suposto acobertamento da morte de Nisman, confirmou seu gabinete nesta quinta-feira.
Segundo Carrió, revelações de mensagens de WhatsApp, fotos e intervenções permanentes de porta-vozes do governo sobre Nisman, "está mais perto da hipótese de assassinato por uma operação de inteligência do governo atual", disse.
A denúncia inclui a procuradora-geral, Alejandra Gils Carbó; o chefe de estado-maior do Exército, César Milani; e o secretário-geral da Presidência, Aníbal Fernández.
Gerardo Young, jornalista e escritor do livro "SIDE. La Argentina Secreta", indicou nesta quinta em declarações à televisão que Stiuso "tem 61 anos e 40 anos de serviço", e que investigou desde casos de narcotráfico até o atentado à AMIA e a bomba na embaixada de Israel em Buenos Aires, que deixou 29 mortos em 1992.
Segundo ele, "a SIDE atravessou as cloacas da sociedade argentina e os políticos a usaram, quando (os políticos) partem, dizem que não servem para nada".
"Querem tirar [da SIDE] as escutas telefônicas, que são o poder deles, mas os juízes ficam à sua mercê porque para investigar alguma coisa, têm que pedir a eles", disse Young, jornalista da rádio Mitre, pertencente ao grupo Clarín, crítico a Kircher.
Antes de morrer, Nisman apresentou quatro denúncias acusando a presidente, seu chanceler Néstor Timerman e assessores de seu governo pelo suposto acobertamento a ex-governantes iranianos pelo atentado antissemita de 1994.
O promotor deveria explicar sua denúncia, mas foi morto na véspera de se apresentar ao Congresso.
Neste sentido, Young disse que "sem Stiuso, Nisman não tinha nada. A denúncia contra Cristina (Kirchner) é uma denúncia de Stiuso e Nisman. Nisman dá forma legal ao que Stiuso diz".
Esta é a hipótese esboçada até agora por Kirchner.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
BOL lança aplicativo para ler todos os e-mails pelo celular
BOL lança aplicativo para ler todos os e-mails pelo celular
Já está disponível para download o novo app BOL Mail. Com ele, os usuários podem acessar seus e-mails com mais comodidade e segurança.
Além de dar acesso ao e-mail do BOL, o app permite adicionar até dez contas externas de outros provedores, como Yahoo, Gmail e AOL, que aceitem configuração IMAP. Tudo com segurança e praticidade.
Com uma interface muito prática e simples, você pode escolher navegar por todas as caixas postais, de forma unificada, ou por conta de e-mail, individualmente. A organização das contas é feita por nome e cores que você mesmo escolhe.
O alerta de que há novos e-mails fica registrado no ícone do aplicativo ou em uma notificação na tela do aparelho. A caixa postal é sincronizada automaticamente no aplicativo, que permite enviar e receber até de 25 MB por mensagem.
O app BOL Mail está disponível para download na Apple Store e no Google Play.
Impressora braille criada com Lego conquista participantes da Campus Party
Impressora braille criada com Lego conquista participantes da Campus Party
São Paulo, 4 fev (EFE).- Uma impressora em linguagem braille fabricada com peças de Lego por um garoto de 13 anos que se tornou um dos criadores mais jovens do Vale do Silício foi nesta quarta-feira a grande atração da Campus Party, em São Paulo.
De origem indiana, nacionalidade belga com residência nos Estados Unidos, Shubham Banerjee transformou há dois anos seus brinquedos em uma impressora de baixo custo e hoje está a ponto de realizar seu sonho de melhorar a vida de 35 milhões de deficientes visuais.
"Recebi um folheto de doações para estudantes de braille. Aí perguntei a meus pais como os cegos leem. Eles disseram que não tinham tempo de me explicar e que buscasse a resposta no Google. Comecei a ver as impressoras para cegos, vi seu elevado preço e decidi fazer uma", disse à Agência Efe o fundador da startup "BraigoLabs".
Banerjee chegou a apresentar na Casa Branca um protótipo da impressora braille desenvolvida com blocos de Lego quando tinha 12 anos, e atualmente trabalha com uma equipe de dez pessoas no coração da inovação tecnológica: o Vale do Silício, na Califórnia.
Com aspecto de adolescente e espírito de empreendedor, o belga está focado agora na criação de 20 protótipos da nova versão da impressora (Braigo 2.0) para agosto, quando serão distribuídos a diversas associações de cegos para analisar sua aceitação.
Apesar de sua genialidade, Banerjee está ainda longe de completar a maioridade, por isso seus pais se encarregam de realizar os trâmites legais e administrativos da BraigoLabs, que já recebeu investimentos de entidades de capital de risco.
Cada impressora braille do jovem empreendedor está avaliada em US$ 500, um quarto do valor que têm no mercado internacional.
"Gosto de saber que estou contribuindo para o bem da sociedade", comentou o rapaz, quem alia seu lado empresarial com o de estudante.
O jovem utilizou peças de Lego para construir um protótipo da impressora, e seu pai, um engenheiro da Intel, foi o primeiro a investir nele.
A curiosidade continuou e, meses depois, ele desenvolveu uma versão mais sofisticada, que combina uma impressora de mesa com um chip capaz de traduzir o texto em braille antes de realizar a impressão.
Banerjee afirmou estar focado na entrega de 20 protótipos do produto, mas explicou que "nada impede pensar em desenvolver mais tarde novos projetos que atendam outras necessidades".
A impressora braille não foi a única inovação apresentada na oitava edição da Campus Party, que termina no próximo domingo e reúne 8 mil aficionados por tecnologia em São Paulo.
O cientista brasileiro Miguel Nicolelis apresentou aos "campuseiros" os avanços do exoesqueleto, tecnologia que desenvolveu e que permitiu a um tetraplégico dar o pontapé inicial na partida de abertura da Copa do Mundo de 2014.
"Continuamos trabalhando. Estamos agora com o segundo protótipo e, graças ao 'feedback', estamos observando melhoras clínicas progressivas, físicas e psiquiátricas", comentou Nicolelis durante o segundo dia da Campus Party.
Uma lista divulgada na página da revista "MIT Technology Review" sobre os "principais fracassos" na área tecnológica de 2014 citou o exoesqueleto, mas segundo o cientista se tratou apenas da opinião de um jornalista.
"É um artigo de um jornalista que escreve no MIT, não tem base científica. É uma opinião pessoal, dele, que fica clara se conhecermos sua história", argumentou o brasileiro.
De origem indiana, nacionalidade belga com residência nos Estados Unidos, Shubham Banerjee transformou há dois anos seus brinquedos em uma impressora de baixo custo e hoje está a ponto de realizar seu sonho de melhorar a vida de 35 milhões de deficientes visuais.
"Recebi um folheto de doações para estudantes de braille. Aí perguntei a meus pais como os cegos leem. Eles disseram que não tinham tempo de me explicar e que buscasse a resposta no Google. Comecei a ver as impressoras para cegos, vi seu elevado preço e decidi fazer uma", disse à Agência Efe o fundador da startup "BraigoLabs".
Banerjee chegou a apresentar na Casa Branca um protótipo da impressora braille desenvolvida com blocos de Lego quando tinha 12 anos, e atualmente trabalha com uma equipe de dez pessoas no coração da inovação tecnológica: o Vale do Silício, na Califórnia.
Com aspecto de adolescente e espírito de empreendedor, o belga está focado agora na criação de 20 protótipos da nova versão da impressora (Braigo 2.0) para agosto, quando serão distribuídos a diversas associações de cegos para analisar sua aceitação.
Apesar de sua genialidade, Banerjee está ainda longe de completar a maioridade, por isso seus pais se encarregam de realizar os trâmites legais e administrativos da BraigoLabs, que já recebeu investimentos de entidades de capital de risco.
Cada impressora braille do jovem empreendedor está avaliada em US$ 500, um quarto do valor que têm no mercado internacional.
"Gosto de saber que estou contribuindo para o bem da sociedade", comentou o rapaz, quem alia seu lado empresarial com o de estudante.
O jovem utilizou peças de Lego para construir um protótipo da impressora, e seu pai, um engenheiro da Intel, foi o primeiro a investir nele.
A curiosidade continuou e, meses depois, ele desenvolveu uma versão mais sofisticada, que combina uma impressora de mesa com um chip capaz de traduzir o texto em braille antes de realizar a impressão.
Banerjee afirmou estar focado na entrega de 20 protótipos do produto, mas explicou que "nada impede pensar em desenvolver mais tarde novos projetos que atendam outras necessidades".
A impressora braille não foi a única inovação apresentada na oitava edição da Campus Party, que termina no próximo domingo e reúne 8 mil aficionados por tecnologia em São Paulo.
O cientista brasileiro Miguel Nicolelis apresentou aos "campuseiros" os avanços do exoesqueleto, tecnologia que desenvolveu e que permitiu a um tetraplégico dar o pontapé inicial na partida de abertura da Copa do Mundo de 2014.
"Continuamos trabalhando. Estamos agora com o segundo protótipo e, graças ao 'feedback', estamos observando melhoras clínicas progressivas, físicas e psiquiátricas", comentou Nicolelis durante o segundo dia da Campus Party.
Uma lista divulgada na página da revista "MIT Technology Review" sobre os "principais fracassos" na área tecnológica de 2014 citou o exoesqueleto, mas segundo o cientista se tratou apenas da opinião de um jornalista.
"É um artigo de um jornalista que escreve no MIT, não tem base científica. É uma opinião pessoal, dele, que fica clara se conhecermos sua história", argumentou o brasileiro.
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domingo, 1 de fevereiro de 2015
Renan Calheiros (PMDB-AL) é reeleito presidente do Senado
Bruna Borges
Do UOL, em Brasília
Do UOL, em Brasília
- O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), faz sinal de positivo durante a solenidade de posse dos 27 novos senadores
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi reeleito neste domingo (1º) e vai comandar a Casa e o Congresso por mais dois anos. O alagoano recebeu o apoio de aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). Este é o quarto mandato de Renan no comando do Legislativo. A votação foi secreta.
Renan venceu o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que recebeu apoio de senadores que fazem oposição ao governo de Dilma, por 49 votos 31. Um voto nulo foi registrado. O nome de Renan chegou a ser citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga irregularidades na Petrobras, segundo informações publicadas pela revista "Veja" e pelo jornal "O Estado de São Paulo". Não há nenhuma denúncia formal contra ele. Renan nega qualquer tipo de evolvimento com o caso.
"As disputas democráticas engrandecem a instituição e robustecem a democracia e engrandecem aqueles que dela participam. Por isso é que gostaria de fazer uma menção ao meu ilustre colega ex-governador, ex-presidente do PMDB e ex-líder da bancada senador Luiz Henrique pela correção e espírito público verificados ao longo de sua trajetória. A disputa agora, senador Luiz Henrique, já é passado", declarou Renan após a vitória.
A candidatura de Henrique é um reflexo do racha do PMDB e descontentamento de parte do Senado com Renan na presidência. Henrique obteve apoio de partidos da oposição e dos chamados independentes. Nesta semana, declararam apoio a ele três senadores do PMDB e membros do PSB, do PDT, do PSDB, do PP, do PSOL e do DEM. Mesmo com o apoio, Henrique não obteve maioria dos votos.
Renan tem apoio do Palácio do Planalto e do PT. Após a ala rebelde do PMDB lançar a candidatura avulsa de Henrique, membros do governo atuaram nos bastidores em favor de Renan.
"Serei presidente de todos senadores como demonstrado nos últimos anos. Desejo renovar meu firme compromisso pela autonomia e independência do Senado Federal. Por sua modernização, transparência e pela coletivização das decisões dessa direção", disse Renan.
Para pedir votos aos congressistas, Renan destacou os trabalhos do Senado Federal no último biênio e a economia de recursos com os cortes de cargos comissionados. Também afirmou que é independente dos outros Poderes e que desempenhou uma "presidência coletiva".
"Senadoras e senadores, peço o voto e a confiança de todos. Os daqui são testemunhas que sou um homem de equipe e que jogo para o time e não para a plateia. Tenho por princípios dar oportunidades a todos. A presidência continuará a ser coletiva", discursou Renan.
Luiz Henrique foi o único senador citado nominalmente por Renan durante seu discurso para rebater as críticas veladas feitas pelo concorrente ao presidente do Senado. Henrique disse que se fosse eleito seria independente e não indicaria nomes para ocupar cargos em ministérios e estatais do governo para que o Senado não fique subordinado aos desmandos do Palácio do Planalto.
"Quando o presidente se verga para pedir favores ao executivo, ele perde autonomia", declarou Luiz Henrique. Foi uma crítica direta a Renan que foi responsável por diversas indicações de cargos do governo. Suspeita-se que entre as nomeações está o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso em Curitiba, mas Renan nega que tenha feito a indicação.
Esta é quarta vez que Renan ocupa o cargo. Ele já esteve no cargo em 2005, mas deixou a presidência em 2007 após escândalos envolvendo seu nome. Na época, surgiram denúncias de que ele usou dinheiro de lobista para pagar pensão de uma filha fora do casamento. Renan chegou a sofrer um processo de cassação, mas foi absolvido pelo plenário do Senado. Em 2013, ele voltou a presidir a Casa.
O presidente do Senado também preside o Congresso e coordena os trabalhos e as pautas das duas Casas. Também é o terceiro na linha sucessória da Presidência da República, depois do vice-presidente e do presidente da Câmara.
A escolha para os demais cargos da Mesa Diretora será feita na próxima terça-feira (3).
"JOGO PARA O TIME, NÃO PARA A PLATEIA", DIZ RENAN
Novo presidente da Câmara quer votar orçamento impositivo na terça; PT fica fora da Mesa
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O novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que pretende votar o segundo turno da PEC do orçamento impositivo nesta terça-feira (3). Se aprovado, os deputados terão autonomia para definir o destino de verbas para suas bases. Hoje, a palavra final é do Executivo. Ao final do seu discurso de posse, Cunha também afirmou que sua prioridade será a reforma política e o pacto federativo.
Segundo Cunha, a Câmara será o palco dos grandes debates que o País precisa. Ele ressaltou que sua gestão não será de oposição nem de submissão ao governo federal. "Assistimos a uma interferência do Executivo nesta eleição, e o parlamento reagiu no voto. Mas isso é página virada", afirmou o parlamentar.
Cunha anunciou ainda o resultado da votação para os demais cargos da Mesa Diretora. Veja quem vai ocupar os cargos:
1ª Vice-Presidência: Waldir Maranhão (PP-MA) - 428 votos
2ª Vice-Presidência: Giacobo (PR-PR) - 322 votos
1ª Secretaria: Beto Mansur (PRB-SP) - 436 votos
2ª Secretaria: Felipe Bornier (PSD-RJ) - 437 votos
3ª Secretaria: Mara Gabrilli (PSDB-SP) - 456 votos
4ª secretaria: Alex Canziani (PTB-PR) - 457 votos
1ª suplência: Mandetta (DEM-MS) - 424 votos
2ª suplência: Gilberto Nascimento (PSC-SP) - 382 votos
3ª suplência: Luiza Erundina (PSB-SP) - 372 votos
4ª suplência: Ricardo Izar (PSD-SP) - 187 votos
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Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara dos Deputados
Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília
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Eduardo Cunha (PMDB-RJ) discursa durante sessão de votação para a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara
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DESAFETO DO PALÁCIO DO PLANALTO, O DEPUTADO FEDERAL EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ) FOI ELEITO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS NA TARDE DESTE DOMINGO (1). ELE TEVE O VOTO DE 267 DOS 513 DEPUTADOS E DERROTOU OS OUTROS TRÊS CONCORRENTES: O CANDIDATO DO GOVERNO, ARLINDO CHINAGLIA (PT-SP), QUE TEVE 136 VOTOS, JÚLIO DELGADO (PSB-MG), QUE TEVE 100 VOTOS, E CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), QUE TEVE 8. FORAM REGISTRADOS DOIS VOTOS EM BRANCO. CONHECIDO POR SUAS CRÍTICAS AO GOVERNO, A VITÓRIA DE CUNHA ERA TEMIDA POR INTEGRANTES DO PLANALTO.
LOGO APÓS TOMAR POSSE COMO PRESIDENTE DA CÂMARA, CUNHA FEZ UM DISCURSO EM TOM DE CONCILIAÇÃO. ELE VOLTOU A AFIRMAR QUE A CÂMARA NÃO SERÁ SUBMISSA AOS INTERESSES DO GOVERNO, MAS AFIRMOU QUE, EMBORA O PLANALTO TENHA INTERFERIDO NA DISPUTA PELO COMANDO DA CASA, NÃO HAVERÁ RETALIAÇÃO.
"NÃO SEREMOS SUBMISSOS (...) NÃO HÁ DE NOSSA PARTE NENHUM JULGO DE RETALIAÇÃO OU QUALQUER COISA DESSA NATUREZA (...) PASSADA A DISPUTA, ISSO É UM EPISÓDIO VIRADO. NÃO TEMOS QUE FAZER DISSO NENHUM TIPO DE BATALHA NEM QUALQUER TIPO DE SEQUELA POR ESSE TIPO DE ATITUDE", AFIRMOU.
"NÃO SEREMOS SUBMISSOS", DIZ NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA
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O PRESIDENTE DA CÂMARA DISSE AINDA QUE NÃO DARÁ ENCAMINHAMENTO A POSSÍVEIS PEDIDOS DE IMPEACHMENT CONTRA A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF (PT) BASEADOS EM ACUSAÇÕES DE CORRUPÇÃO RELACIONADAS À OPERAÇÃO LAVA JATO. SEGUNDO ELE, FATOS OCORRIDOS EM MANDATOS ANTERIORES NÃO DEVEM SER DISCUTIDOS NO MANDATO ATUAL.
"NÃO HÁ O QUE SE DISCUTIR FATOS DE MANDATO ANTERIOR DENTRO DO MANDATO ATUAL. ENTÃO, DE MINHA PARTE, NÓS NÃO TEMOS A MENOR INTENÇÃO (DE ENCAMINHAR PEDIDOS DE IMPEACHMENT). ESSE NÃO É O MOMENTO", AFIRMOU.
A CANDIDATURA DE EDUARDO CUNHA À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS FOI UMA DAS MAIS CONTURBADAS ENTRE AS QUATRO CONCORRENTES AO CARGO. APESAR DE PERTENCER À BASE QUE AJUDOU A ELEGER A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF (PT) EM 2014, EDUARDO CUNHA NÃO POUPOU CRÍTICAS AO GOVERNO E À FORMA COMO O PLANALTO SE RELACIONA COM A CÂMARA DOS DEPUTADOS.
ENTRE AS DECLARAÇÕES POLÊMICAS DE CUNHA AO LONGO DA DISPUTA, UMA DAS PRIMEIRAS FOI SUA ANÁLISE SOBRE O COMPORTAMENTO DA BANCADA DO PMDB EM RELAÇÃO AO GOVERNO. SEGUNDO ELE, A BANCADA DO PMDB NÃO SERIA UMA ALIADA AUTOMÁTICA DO PALÁCIO DO PLANALTO.
DEPOIS DE OFICIALIZAR SUA CANDIDATURA, ELE PARTIU PARA O ATAQUE E CRITICOU DURAMENTE A GESTÃO DO SEU PRINCIPAL ADVERSÁRIO, O PETISTA ARLINDO CHINAGLIA. SEGUNDO CUNHA, A GESTÃO DE CHINAGLIA COMO PRESIDENTE DA CÂMARA, ENTRE 2007 E 2009, FOI "MEDÍOCRE".
CUNHA TAMBÉM MIROU NO GOVERNO E NAS SUPOSTAS INTERFERÊNCIAS QUE O PALÁCIO DO PLANALTO FEZ A FAVOR DE CHINAGLIA. EM TOM DE AMEAÇA, CUNHA CHEGOU A DIZER QUE SE O GOVERNO INTERFERISSE CONTRA A CANDIDATURA DO PMDB, AS "SEQUELAS SERIAM GRAVES".
INDEPENDENTEMENTE DAS POLÊMICAS, A ELEIÇÃO DE CUNHA À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA COROA A TRAJETÓRIA DO EX-LÍDER DO PMDB NA CASA.
EDUARDO CUNHA É ECONOMISTA FORMADO PELA UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES E RADIALISTA. FOI PRESIDENTE DA TELERJ (ANTIGA ESTATAL DE TELEFONIA DO RIO DE JANEIRO) ENTRE 1991 E 1993. EM 1999, FOI SUBSECRETÁRIO DA CEHAB (COMPANHIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO) EM 1999 E TITULAR DA PASTA ENTRE 1999 E 2000.
EM 2000, CUNHA SE LICENCIOU DO CARGO APÓS DENÚNCIAS DE IRREGULARIDADES SUPOSTAMENTE COMETIDAS POR ELE VIREM À TONA. EM DEZEMBRO, O STJ ARQUIVOU, POR PRESCRIÇÃO DE PRAZO, O PROCESSO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E SUPERFATURAMENTO.
EM 2002, FOI ELEITO DEPUTADO FEDERAL, CARGO PARA O QUAL FOI REELEITO EM 2006, 2010 E 2014. EM 2014, FOI O TERCEIRO DEPUTADO FEDERAL MAIS BEM VOTADO DO RIO DE JANEIRO, COM 232.708 VOTOS, FICANDO ATRÁS APENAS DE CLARISSA GAROTINHO (PR-RJ) E JAIR BOLSONARO (PP-RJ).
NOS PRÓXIMOS MESES, CUNHA DEVERÁ PASSAR POR UMA IMPORTANTE "PROVA DE FOGO". A PGR (PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA) DEVERÁ ENVIAR AO STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL) A AÇÃO PENAL CONTRA POLÍTICOS ENVOLVIDOS NO ESQUEMA DE DESVIO DE RECURSOS DA PETROBRAS INVESTIGADOS PELA OPERAÇÃO LAVA JATO.
EM JANEIRO, REPORTAGENS INDICAVAM QUE, SEGUNDO DEPOIMENTO DO POLICIAL FEDERAL JAYME ALVES DE OLIVEIRA FILHO, PRESO DURANTE A OPERAÇÃO LAVA JATO, CUNHA TERIA RECEBIDO PROPINA ORIUNDA DO ESQUEMA.
DIAS DEPOIS, OS ADVOGADOS DO DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF, APONTADO COMO OPERADOR DO ESQUEMA E A QUEM JAYME SERIA LIGADO, AFIRMARAM QUE YOUSSEF E CUNHA NÃO TINHAM QUALQUER RELACIONAMENTO. CUNHA ALEGOU QUE AS REPORTAGENS ERAM UMA TENTATIVA DE FRAGILIZAR SUA CANDIDATURA.
AS PRINCIPAIS PROMESSAS DE CAMPANHA DE EDUARDO CUNHA DURANTE SUA CANDIDATURA SÃO: CONSTRUIR MAIS UM PRÉDIO ANEXO AO CONGRESSO PARA ACOMODAR DEPUTADOS E ASSESSORES, IMPLEMENTAR O ORÇAMENTO IMPOSITIVO E EQUIPARAR OS SALÁRIOS DOS PARLAMENTARES AOS DOS MINISTROS DO STF.
NÃO É O MOMENTO DE DISCUTIR IMPEACHMENT DE DILMA, DIZ CUNHA
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Estado Islâmico afirma ter decapitado refém japonês Kenji Goto
Estado Islâmico afirma ter decapitado refém japonês Kenji Goto
- AFP/AFP - Pedestre vê reportagem sobre o jornalista japonês Kenji Goto, feito refém pelo Estado Islâmico, em um telão em Tóquio
O governo do Japão chamou neste domingo de "odiosa e desprezível" a suposta decapitação do segundo refém japonês, Kenji Goto, sequestrado na Síria pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), ao mesmo tempo que a Jordânia afirmou que fará "todo o possível" para salvar e libertar seu piloto sequestrado.
O EI divulgou no sábado imagens por meio de seu órgão de propaganda, Al Furqan, nas quais Goto aparece ajoelhado, vestido com um macacão laranja, enquanto um homem encapuzado posicionado atrás do refém culpa o governo japonês por sua morte.
O vídeo termina com uma foto do corpo no chão, com a cabeça nas costas.
O porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, considerou neste domingo como "altamente provável" que as imagens do vídeo atribuído ao EI sejam autênticas e afirmou que a pessoa assassinada é certamente Goto, um jornalista freelance de 47 anos sequestrado na Síria em outubro do ano passado.
O grupo jihadista anunciou na semana passada a execução de um primeiro refém japonês, Haruna Yukawa, capturado em agosto na Síria, pelo qual havia solicitado um resgate de 200 milhões de dólares. Goto tentava localizar o compatriota quando foi sequestrado.
Visivelmente abalado, Abe prometeu, em declarações à imprensa, em Tóquio, "nunca perdoar os terroristas".
"Estou extremamente furioso com estes atos terroristas odiosos e desprezíveis. Nós nunca vamos perdoar os terroristas. Vamos cooperar com a comunidade internacional para fazê-los pagar por seus crimes", declarou, visivelmente emocionado, a jornalistas em Tóquio.
Abe disse ainda que o Japão não renunciará a combater um "terrorismo inadmissível".
- 'Todo o possível' -
Segundo o observatório de páginas de extremistas SITE, o carrasco seria o homem que ficou conhecido como 'Jihadi John', devido ao sotaque do sul da Inglaterra, que já protagonizou vídeos de outras decapitações do EI.
"Vocês, assim como seus tolos aliados da coalizão satânica, ainda precisam entender que nós, pela graça de Alá, somos um califado islâmico com autoridade e poder, um exército inteiro sedento de seu sangue", afirma o integrante do EI no vídeo.
Em seguida, ele se dirigiu diretamente ao premiê japonês, Shinzo Abe.
"Por causa de sua decisão irresponsável de participar desta guerra invencível, esta faca não irá apenas sacrificar Kenji, mas também vai continuar a causar carnificina onde quer que seu povo esteja. Então, que comece o pesadelo para o Japão”, afirmou.
Os jihadistas não mencionaram no vídeo o piloto jordaniano Maaz al-Kasasbeh. que também ameaçaram matar.
Em um vídeo divulgado durante a semana, os extremistas ameaçaram executar Goto e Al-Kasasbeh, caso a Jordânia não libertasse uma jihadista iraquiana condenada à morte por participar em uma onda de atentados em 2005.
Amã prometeu neste domingo que fará "todo o possível" para salvar e libertar o piloto sequestrado depois que um caça F-16 caiu em uma área da Síria durante um ataque contra o EI.
O rei da Jordânia, Abdullah II, ligou para Abe para apresentar condolências à família e denunciar a execução como um ato "covarde e criminoso".
- Reações de estupor -
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o "odioso assassinato" do refém japonês em um comunicado.
O presidente francês, François Hollande, também repudiou "com a maior firmeza" o "assassinato brutal" do jornalista.
"A França é solidária com o Japão. Os dois países continuarão trabalhando juntos pela paz no Oriente Médio e para eliminar os grupos terroristas", afirma em um comunicado.
O primeiro-ministro britânico David Cameron também criticou, em nota, a "desprezível" e "assustadora" execução de Goto.
"É outra advertência de que o EI é a encarnação do mal, sem respeito pela vida humana", disse.
A chanceler alemã Angela Merkel chamou o ato de "desumano e odioso".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou o "assassinato selvagem de Kenji Goto, que destaca a violência que muitos sofrem no Iraque e na Síria".
Junko Ishido, a mãe de Goto, reagiu à notícia com muita tristeza.
"É lamentável, mas Kenji se foi. Não posso encontrar palavras diante desta morte triste ... Pensava que talvez retornasse. Mas chegou este anúncio ... Eu desejava que retornasse vivo, mas isto nunca poderá acontecer. Realmente lamento", declarou ao canal NHK.
Além dos dois japoneses, o EI reivindicou desde meados de agosto a execução de cinco reféns ocidentais: os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, o trabalhador humanitário americano Peter Kassig e outros dois voluntários britânicos, David Haines e Alan Henning, todos sequestrados na Síria.
- 9 horas atrás
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