Somos todos o quê?
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Antonio Elias Sobrinho - 15/01/2015
Aquele acontecimento de Paris, deu apenas maior visibilidade a um processo de esgarçamento geral de um modelo de crescimento e de dominação, adotado por algumas potências e alguns grupos sociais que controlam as riquezas mundiais.
A estes, não é dado a possibilidade de ver, e muito menos de tomar algumas providências no sentido de alterar o rumo das coisas, na medida que isso seria tramar contra o próprio rumo que traçaram, de forma quase imperceptível.
Agora, que se deram conta do monstro que criaram, não possuem outra alternativa senão se confrontar com a fera.
Para isto, possuem instrumentos que foram se aperfeiçoando através dos tempos, como a militarização e os tribunais.
Além disso, contam com seus serviçais que, em nome da democracia e da liberdade de expressão, manipulam, mentem e ridicularizam.
Com esse poder todo, procuram isolar e liquidar seus adversários mais "rústicos", que cutucam suas entranhas de forma inesperada.
O artigo, segundo meu ponto de vista, não dá conta da complexidade da situação presente e apresenta um quadro meio simplificado, que de certa maneira serve para explicar qualquer situação do momento.
Ele não aventura nenhuma explicação que clarifique o conflito do imperialismo com aqueles grupos islâmicos.
A estes, não é dado a possibilidade de ver, e muito menos de tomar algumas providências no sentido de alterar o rumo das coisas, na medida que isso seria tramar contra o próprio rumo que traçaram, de forma quase imperceptível.
Agora, que se deram conta do monstro que criaram, não possuem outra alternativa senão se confrontar com a fera.
Para isto, possuem instrumentos que foram se aperfeiçoando através dos tempos, como a militarização e os tribunais.
Além disso, contam com seus serviçais que, em nome da democracia e da liberdade de expressão, manipulam, mentem e ridicularizam.
Com esse poder todo, procuram isolar e liquidar seus adversários mais "rústicos", que cutucam suas entranhas de forma inesperada.
O artigo, segundo meu ponto de vista, não dá conta da complexidade da situação presente e apresenta um quadro meio simplificado, que de certa maneira serve para explicar qualquer situação do momento.
Ele não aventura nenhuma explicação que clarifique o conflito do imperialismo com aqueles grupos islâmicos.
Eliseu Mariano de Castro Leão - 15/01/2015
O bluff
A comissão de frente da principal coluna da manifestação, que reuniu um milhão de pessoas, ao lado do Hollande, da Merkel, Netanyahu e outros bichos, foi uma das maiores - e sem precedentes - manipulações de sentimentos populares confeccionada para a imprensa-impresa. Não existiu nenhuma comissão de frente. Esses hipócritas estavam à frente de um nutrido grupo de gorilas da segurança. Chegaram, percorreram 100 metros, pousaram para as fotos e clips e bateram em retirada horas antes da chegada dos manifestantes. Não era uma comissão de frente, parecia mais um bloco de sujos do tipo ''o que é que eu vou dizer em casa''. Ver para crer: http://www.pandoratv.it/?p=2651
A comissão de frente da principal coluna da manifestação, que reuniu um milhão de pessoas, ao lado do Hollande, da Merkel, Netanyahu e outros bichos, foi uma das maiores - e sem precedentes - manipulações de sentimentos populares confeccionada para a imprensa-impresa. Não existiu nenhuma comissão de frente. Esses hipócritas estavam à frente de um nutrido grupo de gorilas da segurança. Chegaram, percorreram 100 metros, pousaram para as fotos e clips e bateram em retirada horas antes da chegada dos manifestantes. Não era uma comissão de frente, parecia mais um bloco de sujos do tipo ''o que é que eu vou dizer em casa''. Ver para crer: http://www.pandoratv.it/?p=2651
Pedro Machado e Silva - 15/01/2015
Parabéns para o editor. Alguém tem que pensar de modo diferente. O Periódico também ganha ponto; pois, não identificara uma linha de pensamento mais amplo.
É muito fácil sair como uma camisa "Je suis Charlie", difícil é parar, pensar e indagar por que ser Charlie?
Mais uma vez parabéns ao ótimo editorial!
É muito fácil sair como uma camisa "Je suis Charlie", difícil é parar, pensar e indagar por que ser Charlie?
Mais uma vez parabéns ao ótimo editorial!
Oswaldo de Mello - 14/01/2015
O amor ao próximo e a humildade (frente à nossa insignificância diante do universo) prescindem de religiões para serem vivenciados. As religiões na verdade se apropriaram dessas virtudes, vinculando-as a uma expectativa de bem-aventurança, SE praticadas. Caso realmente quisessem o bem dos homens (da espécie humana), as religiões teriam como objetivo não a salvação de seus fiéis seguidores (e provedores de suas riquezas), mas a emancipação das pessoas através da educação e do esclarecimento. Mas aí já não seriam religiões, não é mesmo? Por isso, elas preferem pavimentar o caminho da caridade, que nada mais é do que promover a distribuição de migalhas, enquanto contemporizam com os desmandos do que hoje denominamos de 'alta finança'. Esta é a verdade que devemos, um dia, enfrentar: o homem não precisa de religiões. Talvez isto nunca aconteça, o que será uma pena...
Milton Campanario - 14/01/2015
Houve um grande debate na esquerda entre "estruturalistas" e "dialéticos" nos anos 60 e 70, principalmente na França. Althusser era o expoente dos estruturalistas. Para ele, como para o presente editorial, as relações entre o Estado e a sociedade são objetivas e diretamente comandadas pelas estruturas de poder e da ideologia. Daí sempre concluir que é o "capital financeiro" que comanda a a manifestação cultural de Charlie Hebdo. Para seguir Weber, trata-se de uma tirania sem cabeça (o socialismo real seria uma tirania com cabeça). Afinal esta é a estrutura imutável e objetiva, sendo a cultura uma superestrutura comandada pela economia. Esta visão domina o pensamento de esquerda no Brasil. Contra ela aparece a New Left , principalmente a visão de Hobsbawum e Miliband (além da escola de Frankfurt). Para estes, os indivíduos (e não só a estrutura) tem uma "agenda" de escolhas, por vezes não objetiva, libertária, contraditória e inconformada com o poder que emana da economia e das diferentes dimensões da vida, como o comportamento cultural, as opções religiosas, sexuais e políticas. Na visão estruturalista tudo é sim ou não, não existe mediação dos indivíduos, não há espaço para uma "confusão" de agenda. Ou estou ou não estou. Ou estou do lado do povo ou do lado do capital. Ou sou bom ou sou ruim. Esta visão é um passado do marxismo ortodoxo, que morreu junto com o suicídio de Poulantzas e quando Althusser bateu de morte sua mulher. "Eu sou minha agenda quando possível". Faço a hora e não espero acontecer.
Veranis Rodrigues - 14/01/2015
Até que enfim leio algo em que realmente acredito. Já estava começando a pensar que como "je ne suis pas Charly" estava totalmente equivocada.
arquimedes andrade - 14/01/2015
E os números não param de aumentar. São dois bilhões de pessoas vivendo com menos de dois dólares por dia (Cidades Rebeldes, David Harvey. 2014). É uma clara demonstração que as políticas neoliberais são excludentes. Então somos todos pela igualdade, liberdade e fraternidade, e abundância para todos. a luta é para igualar por cima, uma sociedade materialmente e culturalmente incluída (Pepe Mujica). A receita neoliberal só deixa os ricos mais ricos e os pobres mais pobres. Simples assim. Ainda bem que na America do Sul e outros pedacinhos da América Latina e Caribe estamos aos trancos e barrancos na contra corrente e criando sempre os diques de políticas públicas inclusivas para minar os péssimos ventos dos "desenvolvidos" do hemisfério norte.
Mas quase disse: somos todos corintianos...gregos, troianos, baianos e pernambucanos...
Mas quase disse: somos todos corintianos...gregos, troianos, baianos e pernambucanos...
Eliseu Mariano de Castro Leão - 14/01/2015
Nauseante desfile de chefes de Estado hipocritas dando novo ''lustro'' na "guerra ao terror" iniciada por Bush: a necessidade urgente e inevitável de continuar o massacre de populações inteiras no Oriente Médio, Ásia Central e África do Norte e Central.%u228%u228Na gritaria, segundo a qual a "Liberdade de Expressão Está sob Ataque", ninguém faz qualquer menção ao míssil ar-terra disparado em 2003 contra a redação de Al Jazeera em Bagdá, que matou três jornalistas e feriu quatro. %u228%u228Nem escreveram sobre o assassinato de dois jornalistas da Reuters, em julho de 2007, que trabalhavam em Bagdá, o fotógrafo Namir Noor-Eldeen e seu assistente, Saeed Chmagh, mortos num ataque deliberado de atiradores a bordo de um helicoptero. A blogosfera viu pela primeira vez o vídeo que prova que aqueles jornalistas foram assassinados a sangue frio, com um grupo de civis iraquianos, filmado por um dos soldados americanos matadores -, porque o vídeo foi 'vazado' por Wikileaks, com outros materiais sigilosos, depois que chegou às mãos do ex-soldado dos EUA, cabo Bradley-Chelsea Manning. %u228%u228E como agiram os EUA e a Europa, quando se tratou de proteger o direito ao livre exercício de expressão de WikiLeaks?
Julian Assange foi e continua alvo da mais incansável perseguição; foi classificado como "terrorista"; exigiram sua prisão. Personalidades do manic%u00Fmio politico dos EUA pregaram publicamente o assassinato dele. Até hoje prossegue a fraude de acusações falsas de "estupro", armado por serviços de inteligência dos EUA e da Suécia, obrigado-o a viver na Embaixada do Equador em Londres, onde permanece sob vigilância constante da polícia britânica - que pode prendê-lo se ele deixar o território da embaixada. Chelsea Manning foi condenada a 35 anos de prisão por crime de traição. Assange, Manning e Snowden são três grandes personalidades do nosso tempo. Três grandes defensores da liberdade de expressão, perseguidos e condenados pelas "democracias" capitalistas dos EUA e da Europa, inimigas da livre expressão e da segurança de jornalistas e blogueiros!
Julian Assange foi e continua alvo da mais incansável perseguição; foi classificado como "terrorista"; exigiram sua prisão. Personalidades do manic%u00Fmio politico dos EUA pregaram publicamente o assassinato dele. Até hoje prossegue a fraude de acusações falsas de "estupro", armado por serviços de inteligência dos EUA e da Suécia, obrigado-o a viver na Embaixada do Equador em Londres, onde permanece sob vigilância constante da polícia britânica - que pode prendê-lo se ele deixar o território da embaixada. Chelsea Manning foi condenada a 35 anos de prisão por crime de traição. Assange, Manning e Snowden são três grandes personalidades do nosso tempo. Três grandes defensores da liberdade de expressão, perseguidos e condenados pelas "democracias" capitalistas dos EUA e da Europa, inimigas da livre expressão e da segurança de jornalistas e blogueiros!
Antônio Alberto (Pe.Alberto) Mendes Ferreira - 13/01/2015
Impressionante !!!
A Imprensalona NÃO aprende , NÃO se repreende e nem se arrepende ...
Enquanto NÃO houver igualdade , inclusive material, NÃO haverá tranquilidade !!!
A Imprensalona NÃO aprende , NÃO se repreende e nem se arrepende ...
Enquanto NÃO houver igualdade , inclusive material, NÃO haverá tranquilidade !!!
Vinicius Cardoso Cardona - 13/01/2015
Quantos daquela primeira fila de notáveis defensores da liberdade de expressão estariam presentes em uma manifestação contra o terror na Nigéria, onde crianças de 10 anos estão sendo usadas para carregar bombas? Alguém se habilita?
Marcia Eloy - 13/01/2015
Eu não concordo Oswaldo. Algumas religiões trazem grilhões, outras tiveram um passado terrível, mas todas pregam o amor ao próximo, a caridade, a humi9ldade, se os homens desvirtuam estes princípios o problema é dos homens. Os cartunistas franceses não tinham fé em nada, nem nas religiões, nem nos países, nem na própria humanidade. Eu tenho.
Celso Paoliello - 13/01/2015
Isto tudo sem falar que a França é um dos países do Ocidente que arma os terroristas que lhes interessam.
Orlando F. Filho - 13/01/2015
Marx já dizia que a religião é o ópio do povo. Vejam a inquisição promovida pela igreja católica que tinha como objetivo, em portugal, roubar a grana dos judeus, obrigando-os a converter-se e adotaram nomes de árvores frutíferas como pereira, etc, E a igreja, claro, ficava com toda a grana deles. Sou ateu, graças a deus, rsrsrs
caio moreira - 13/01/2015
Aquela super-cobertura do massacre no Charlie Hebdo por toda a "grande mídia" nativa deixou claro o que Saul Leblon ratifica nesta, que é mais uma lição de texto bem costurado ideologicamente à esquerda.
Tudo bem, mas chega de conversa, que democratizar a mídia é para ontem!
Por outro lado, de que adianta essa pseudo proposta de democratização da mídia (onde, cadê, quando, como?) se o Cardeal da Economia (a religião das religiões - perfeito, Saul!) é um super coxinha chicago boy?
Tudo bem, mas chega de conversa, que democratizar a mídia é para ontem!
Por outro lado, de que adianta essa pseudo proposta de democratização da mídia (onde, cadê, quando, como?) se o Cardeal da Economia (a religião das religiões - perfeito, Saul!) é um super coxinha chicago boy?
Orlando F. Filho - 12/01/2015
Décadas atrás, foi publicado o livro "Cabeça de Turco" que, talvez em primeira mão, falava do trabalho clandestino dos turcos na alemanha, as condições miseráveis, tratados como escravos pelas empresas. Não tenho informações sobre como os governos da época trataram o fato. Querem culpar todo um póvo explorados durante séculos colocando o label de "terroristas". Ora, quanto manipulação barata. Basta lembrar o assassinato do brasileiro Jean Charles assassinado dentro do metro por suspeita de "terrorismo". Depois ficamos sabendo que as fotos distribuídas para os policiais estavam borradas sem uma definição de alta resolução, o que é um erro crasso de uma polícia que é considerada uma das melhores. O pior foi que a arrogante chefe de polícia foi para a câmara...Nós somos para eles a escória do mundo e só servimos para a subserviência. Procurem o depoimento dos familiares de jean charles, a humilhação que sofreram. É o primeiro mundo, estúpído
Roméro Samuel Carneiro - 12/01/2015
Infelizmente Saul,não posso discordar do que foi dito por você;descrever a situação como um labirinto é pouco,combatê-la seria o mesmo que tentar fazer,com uma vara,um furo na água de um lago.
Esperar pra ver...coisas ruins,desumanas.
Em 15 de julho deste ano,vamos comemorar o centenário da LEVE e SUTIL limpeza étnica dos TURCOS sobre os infelizes ARMÊNIOS. Acredito ser a hora de CARTA MAIOR começar com pelo menos um artigo semanal sobre esta miséria humana,que é bem provável se repetir.
Esperar pra ver...coisas ruins,desumanas.
Em 15 de julho deste ano,vamos comemorar o centenário da LEVE e SUTIL limpeza étnica dos TURCOS sobre os infelizes ARMÊNIOS. Acredito ser a hora de CARTA MAIOR começar com pelo menos um artigo semanal sobre esta miséria humana,que é bem provável se repetir.
Oswaldo de Mello - 12/01/2015
"...captura do Estado e da política pela alta finança." --- Eis o x de toda a questão. E como essa realidade globalizada pode ser enfrentada? Só indo por partes, como diria o..., embora concomitantemente. É neste contexto (de concomitância) que enxergo não um 'somos todos Charlie', mas o direito à desconstrução do engodo que são as religiões. Ou não estão as religiões desde sempre fornecendo os sustentáculos desta imensa tragédia a que denominamos civilização?
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