Pacote anticorrupção é alarme contra os aliados
Josias de Souza
Dilma
Roussef encontrou uma boa maneira de diluir a raiva que ganhou o
asfalto. Ela decidiu dar um banho de gargalhada nesse país lançando um
pacote de projetos de lei anticorrupção. Se a plateia estiver entendendo
bem, a presidente faz isso para garantir que seus correligionários e
aliados não caiam na tentação de continuar roubando. Mal comparando, é
como se um alcóolatra cercasse as garrafas de bebida com um sistema de
alarmes contra ele mesmo.
Essas
pessoas que sistematicamente desmoralizam o governo e atiçam as praças
contra Dilma precisam mesmo ser identificadas, submetidas à execração
pública e punidas. Infelizmente, os suspeitos geralmente integram a
coligação da presidente. Os mais notórios escondem-se nas fileiras do PT
e do PMDB, os dois sócios majoritários do empreendimento governista. Os
mais ousados presidem as duas Casas do Legislativo.
Nesta terça-feira, enquanto o ministro da Justiça exibia o pacote anticorrupção aos presidentes investigados da Câmara e do Senado, a Vara do doutor Sérgio Moro informava no Paraná que a empresa de consultoria do mensaleiro José Dirceu faturou R$ 29 milhões em oito anos —uma parte proveniente das empreiteiras provedoras do petrolão; o PT reafirmava que seu tesoureiro João Vaccari Neto só amealhou “doações legais”; e o delator Paulo Roberto Costa aparecia em vídeo declarando aos procuradores da Lava Jato que “doação legal é uma balela.”
Simultaneamente, Lula combinou com Dilma os detalhes de uma reforma da equipe ministerial que tomou posse não faz nem 80 dias. A ideia central é reforçar a presença do PMDB na Esplanada. O mesmo partido que sustentou na Petrobras o ex-diretor Jorge Zelada, que acaba de sofrer o bloqueio de R$ 40 milhões que entesourara em contas no principado de Mônaco.
Toda essa lama escorre contra um fundo de progressivo embrutecimento dos brasileiros saqueados. As redes sociais já anunciam para abril um novo ‘asfaltaço’. Se tudo correr como planejado pelo Planalto, dessa vez os manifestantes vão às ruas para gargalhar da penúltima da Dilma. Até lá a presidente talvez já tenha bolado um novo número —como desfritar um ovo, por exemplo.
Nesta terça-feira, enquanto o ministro da Justiça exibia o pacote anticorrupção aos presidentes investigados da Câmara e do Senado, a Vara do doutor Sérgio Moro informava no Paraná que a empresa de consultoria do mensaleiro José Dirceu faturou R$ 29 milhões em oito anos —uma parte proveniente das empreiteiras provedoras do petrolão; o PT reafirmava que seu tesoureiro João Vaccari Neto só amealhou “doações legais”; e o delator Paulo Roberto Costa aparecia em vídeo declarando aos procuradores da Lava Jato que “doação legal é uma balela.”
Simultaneamente, Lula combinou com Dilma os detalhes de uma reforma da equipe ministerial que tomou posse não faz nem 80 dias. A ideia central é reforçar a presença do PMDB na Esplanada. O mesmo partido que sustentou na Petrobras o ex-diretor Jorge Zelada, que acaba de sofrer o bloqueio de R$ 40 milhões que entesourara em contas no principado de Mônaco.
Toda essa lama escorre contra um fundo de progressivo embrutecimento dos brasileiros saqueados. As redes sociais já anunciam para abril um novo ‘asfaltaço’. Se tudo correr como planejado pelo Planalto, dessa vez os manifestantes vão às ruas para gargalhar da penúltima da Dilma. Até lá a presidente talvez já tenha bolado um novo número —como desfritar um ovo, por exemplo.
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