Graça diz que Petrobras aplicou medidas contra cartel após Lava Jato
Bruna Borges
Do UOL, em Brasília
Do UOL, em Brasília
- Pedro Ladeira/FolhapressA ex-presidente da Petrobras Graça Foster depõe na CPI da Petrobras
A ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster afirmou nesta quinta-feira (26) que a estatal tomou ações preventivas para evitar a contratação de empresas suspeitas de formação de cartel após a deflagração da operação Lava Jato.
"A operação Lava Jato levou a Petrobras a determinadas situações preventivas em relação à contratação de empresas que tivessem sido apontadas pelos órgãos de controle como parte de um cartel. Só isso já impede atualmente que a Petrobras possa continuar contratando-as, mas eu sei que o governo vem atuando fortemente para garantir esses 100 mil empregos da indústria naval offshore, que nos custou muito para chegar ao nível que nós chegamos", disse Graça em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a petrolífera.
Graça também disse que a operação Lava-Jato "está trazendo muito aprendizados" para Petrobras.
Esta é a quarta vez que Graça é ouvida no Congresso Nacional para dar explicações sobre as suspeitas de irregularidades na Petrobras. Mas é o primeiro depoimento dela fora da presidência da estatal, pois Graça deixou o comando da empresa em fevereiro. Ela entrou na sala da CPI escoltada por parlamentares petistas e três advogados.
"A operação Lava Jato atrasa nosso balanço, isso dificulta o acesso ao mercado financeiro. Mas em 2014, a equipe Petrobras bateu recorde de produção de óleo, gás, refino, geração de energia elétrica. [..] Além das dificuldades que nós passamos e continuamos passando. O potencial é grande e vamos superar", afirmou a executiva.
Inicialmente, o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), foi focado em perguntas sobre aspectos técnicos da Petrobras, o que gerou críticas dos deputados que querem questionamentos sobre as irregularidades.
Nas ocasiões anteriores, a executiva isentou a presidente Dilma Rousseff de responsabilidade nos desvios da empresa. A presidente comandou o Conselho de Administração da Petrobras entre 2003 e 2010.
Na época, Graça também criticou a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pois, segundo ela, o negócio seria apenas "potencialmente bom". Ela disse ainda que podem ser recuperados total ou parcialmente os prejuízos causados pela compra. Para a oposição, seus depoimentos não trouxeram novidades para as investigações dos parlamentares.
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