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A Polícia Federal encontrou farta documentação em um compartimento secreto mantido na residência do lobista Adir Assad, em São Paulo.
Investigado desde 2012 pelas autoridades por envolvimento em esquemas de corrupção e desvios em contratos públicos, ele foi um dos presos preventivamente pela Operação 'Que País é Esse' - décima fase da Lava Jato.
O delegado da PF Márcio Anselmo, que integra a força tarefa da Lava Jato, explicou que era um cômodo com passagem secreta. "Um cômodo secreto, oculto, com prateleiras onde foi apreendida ampla gama de documentos e bens de alto valor.”
Na residência de Assad foram recolhidas telas de arte, como a coleção recolhida na casa do ex-diretor de Serviços Renato Duque. Foram 131 telas na residência do alvo central das operações My Way (deflagrada em 5 de fevereiro) e 'Que País é esse', esta deflagrada nesta segunda feira, 16.
As buscas na casa e em outros dois endereços de Duque foram determinadas pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato.
A compra de obras de arte é um dos expedientes mais usuais no processo de lavagem de dinheiro. A suspeita é que Renato Duque teria lavado dinheiro de propinas por meio de obras de arte. "Considerando o aparente profissionalismo na prática da lavagem de dinheiro e que, por conseguinte, é razoável concluir que pode-se tratar de produto de crime lavado, autorizo a apreensão destes bens", decretou o juiz Sérgio Moro.
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